“Mas Deus dá prova do seu amor para connosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.”
Romanos 5:8-9
Em nenhuma outra epístola Paulo fala tanto da doutrina da salvação como no livro de Romanos. E na verdade, nela encontramos um grande manancial que sustenta a fé, quanto a este tão importante assunto para a vida cristã que é a salvação.
O capítulo 5 retrata do quão profunda é a graça de Deus, por meio do sangue de Jesus, o qual nos justifica, reconcilia com Deus e nos salva da ira.
Na verdade, a coisa mais intrigante da história é a graça de Deus manifesta em Jesus Cristo, o qual apenas por amor e misericórdia resolveu morrer pelos pecados da humanidade, quando esta ainda estava (está) em profunda e total rebelião contra Deus.
Depois do pecado de Adão e Eva, Deus tinha 3 cenários possíveis: (1) banir o ser humano para sempre, (2) abandoná-lo à sua própria sorte ou (3) salvá-lo. Mas dentre estas possibilidades, a salvação era a mais complicada, pois não é um processo simples. Isso porque, o carácter justo e zeloso de Deus exige a punição do pecado, inegavelmente, com uma pena de morte (“o dia que comerdes dela, certamente morrereis”). Mas, por seu amor inexplicável, Deus contornou essa exigência do seu carácter santo, ao oferecer à morte pelo pecado o seu Filho na cruz.
De maravilhosa graça não é tudo, pois, a morte de Jesus não só apaga o nosso passado de dívida para com o carácter santo de Deus, como também nos atribui, pelos méritos de Cristo, o estatuto de justos diante do zeloso juízo divino. Isto é, por causa do sangue puro e inocente de Jesus, Deus vê como justos, é isso mesmo JUSTOS, todos aqueles que, arrependidos, crêem na obra e na pessoa de Cristo para a sua salvação.
Quando ainda éramos pecadores, Ele morreu por nós…
Antes mesmo de haver qualquer iniciativa nossa, antes de lembrarmos que somos pecadores e desejarmos o perdão de Deus, Ele já morreu por nós para a nossa redenção. Quer dizer que a graça de Deus não foi influência pelo nosso querer ou alguma obra boa alguma nossa, mas pela compaixão de Deus a nossa condição de míseros e condenados pecadores. Antes mesmo de fazeres alguma coisa boa Deus já te amou. Então sinta-se constrangido por este amor todos os dias e responda positivamente.
“Sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira”
A ira de Deus é a santa e justa repulsa contra o pecado. E lá onde há algum pecado, independentemente do nível de gravidade, está sob a justa condenação e a zelosa ira de Deus. Porém, pela sua infinita graça, o sangue de Cristo cobre os pecadores arrependidos da ira de Deus e salva da penosa condenação a todos que pela fé se unem a Cristo.
Basta crer, arrepender-se dos pecados e o receber como Senhor e Salvador de sua vida, receberá o estatuto de justo diante de Deus, será adoptado como filho querido e alcançará a paz com Deus, livre da ira e da condenação. Sim, verdadeiramente, quando você crê no seu nome e na sua obra realizada na cruz, Cristo te atribui o estatuto de justo e te coloca à salvo da ira e da condenação futura.
Deus, em Cristo, disponibilizou de forma cabal o meio para a salvação. Cabe apenas a cada um, a responsabilidade individual de crer de forma total na eficácia e no poder da obra de Cristo para a transformação da sua vida. Não importa o nível de pecaminosidade, a profundidade da perdição ou o quão repugnante seja a história da tua vida, Cristo perdoa e salva verdadeiramente aos que crêem, de forma oportuna.
Graça e paz.
𝑫𝒐𝒎 𝑮𝒆𝒓𝒂𝒍𝒅𝒐 𝑴𝒂𝒏𝒖𝒆𝒍