O poder da Fé diante das dificuldades

Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo - Os Tocoistas - Anciãos Conselheiros da Direcção Central

“E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés, e rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está à morte; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos, para que sare, e viva […]
[…] Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre? E Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente”.

Marcos 5:22-23; 35-36

Amadas irmãs e prezados irmãos,

O texto a cima narra perte da história do milagre da ressurreição da filha de Jairo. Um episódio bastante interessante e repleto de ricas e profundas lições para a nossa jornada com Deus.

1. Contexto

Jairo, um principal da sinagoga, tinha a filha doente, talvez em coma, e na aflição e preocupação de procurar uma solução para a sua situação e já sabendo dos milagres que Jesus vinha fazendo, resolveu procurá-lo para então expor a sua angústia e solicitar ajuda. Mas, mal ia contando a história a Jesus, lá aparecem alguns emissários de sua casa para transmitir a notícia que ele mais temia: a morte de sua amada filha.

2. Quando a situação piora…

O principal da sinagoga, ainda aflito com a doença da criança, vê a sua situação a se agravar antes mesmo de ter qualquer resposta da parte de Jesus.

As vezes encontramo-nos em meio a uma situação já difícil, na expectativa de encontrar uma solução, um refrigério, um escape. Só que ao invés disso, recebemos uma sucessão de notícias más e de acontecimentos piores. É nestas circunstâncias que a fé entra em conflito com o medo e o desespero. E o que sobressair, comandará a situação. Por isso, ao invés de entrarmos em desespero, devemos crer e confiar no poder infinito, na vontade perfeita e no agir assertivo de Deus. Ter a certeza de que o Senhor sabe o que faz! Então Jairo preferiu insistir em dar atenção a Jesus, aquele que tinha a solução para a sua situação. Mesmo que tudo piore, não deixe de confiar e esperar em Deus.

3. “Não temas, crê somente.”

Jairo acabava de receber a triste notícia da morte da criança. Então entrou desespero e temeu profundamente. Mas, Jesus o acalmou, para que não deixasse o medo dominá-lo, que apenas cresse.
Na verdade as pessoas são conduzidas mais por seus medos do que por suas convicções e sua fé. Medo de ser negado, criticado, desprezado ou maltratado; medo da dor, da perda, da solidão, do fracasso, do desconforto ou da morte. Os medos são muito fortes, seu peso na vida é grande, eles são nossos “ponto-fraco”. Na maioria das vezes é por eles que fazemos ou deixamos de fazer as coisas. A luta continua no sentido de dominar e superá-los. Só quando entregarmos a gestão dos nossos medos e receios a Deus, quando nos doarmos a Ele por inteiro, uma inexplicável paz invadirá a nossa alma, os nossos medos passam a agir numa posição inferior e já não comandam a nossa vida. Nossa percepção sobre as coisas muda, nossa visão é ampliada, nossa força é restaurada e potencializada, tudo ganha novo sentido.

4. Cuidado com as vozes desmobilizadoras

Os emissários da casa de Jairo para além de serem portadores de uma má notícia, também aconselharam-lhe a desistir da ideia de busca pela solução de Deus “A tua filha já morreu; por que ainda incomodas o Mestre?”. É verdade que se a fé vem pelo ouvir, ela também pode sair pela mesma via (ouvindo coisas erradas) ou por deixar de ouvir palavras que alimentam. Existem, na nossa jornada, os maus conselheiros ou pessimista, cujo trabalho é semear a desinformação, a desconfiança, o desepero, a dúvida e o conformismo. Estes não só podem te fazer desistir do caminho certo como também as vezes sugerem caminhos alternativos malignos. Tenha cuidado, pois estas vozes podem estar o mais próximo possível de ti, dentro da tua casa, no trabalho, no ciclo de amizade ou no seu grupo da Igreja. A fé deve ser bem alimentada sempre, senão ela adoece e “morre”. Tenha cuidado, com as vozes que mais dás atenção, pois, são elas governam a tua vida.

5. Conclusão

Nesta nossa jornada, somos quase sempre assolados por situações desesperadoras. As vezes nós próprios, em nossas famílias ou na Igreja somos abalados por tempestates extremamente difíceis de suportar. Aquelas que fazem o nosso mundo desabar. Mas, como Jairo, precisamos recorrer a Jesus, continuar a confiar mesmo qie tudo se agrave, identificar e evitar as vozes desmobilizadoras, e alimentar-se de esperança, de acordo as promessas de Deus, confirmadas em Sua Palavra. Ele, da forma certa e no tempo exacto, cuidará sempre das nossas causas.

Não tema, crê somente!

Com fé, graça e paz.
𝑫𝒐𝒎 𝑮𝒆𝒓𝒂𝒍𝒅𝒐 𝑴𝒂𝒏𝒖𝒆𝒍

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