“Porque derramarei água sobre o sedento, e correntes sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre a tua descendência”
Isaías 44:3
O ministério profético em Israel visava duas missões específicas: (1) estimular o povo a guardar os estatutos de Deus e (2) anunciar o tempo messiânico. Isaías profetizou em Israel com vivas promessas messiânicas. Seu livro é até considerado o proto-evangelho. O avivamento é obra da graça e misericórdia de Deus, operando não só sinais e prodígios, mas também e sobretudo, restauração e cura para os perdidos, dando lugar a um tempo de intenso fervor e profunda devoção. Esta poderosa passagem de Isaías nos leva a entender as seguintes grandes lições;
“Porque derramarei água sobre o sedento, e correntes sobre a terra seca;”
O desejo maior de Deus é restaurar o mundo, intervindo nas situações mais críticas e dramáticas da história de pessoas concretas, povos específicas. As expressões “sedento” e “terra seca” são usadas em sentido figurtivo, para expressar um estado de profunda carência e total incapacidade.
A condição espiritual do mundo ao cabo do século XX era simplesmente desastrosa! Duas guerras mundiais, com consequências universais, devastaram a Europa; a África ressentia-se das consequências dolorosas do tráfico de escravos e da colonização, cuja exaustão estimulava as lutas pelas independências; e o cristianismo nos Estados Unidos da América e na Europa ressentia-se dos golpes da secularização, onde por causa disso, o mesmo deixou de ter relevância moral e espiritual para a sociedade. Nestas condições, o mundo que encontrava-se sedento e como uma terra seca, clamava por uma intervenção divina extraordinária. Deus prometeu que derramaria água sobre o sedento e correntes de água sobra a terra seca, portanto, intervir nas situações mais dramáticas da história por meio do Espírito Santo. O avivamento da Igreja sempre foi uma necessidade profética (Habacuque 2-2).
Nesta fase da história, o avivamento espiritual que a Igreja precisava surgiu num lugar menos provável (1 Coríntios 1:27-29; Habacuque 1-5) – na África sub-sariana, na madrugada de 25 de Julho de 1949.
“Derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade”
Dois elementos se colocam neste trecho: (1) a promessa de Deus de derramar do seu Espírito e (2) o facto de ser um acontecimento para um futuro não determinado. Sendo uma obra divina, ela é infalível, eficaz e poderosa. Os fenómenos pentecostais de Jerusalém e de Leopoldville, sendo obra da misericórdia de Deus revestem-se de capacidade suficiente para cumprir os fins pelos quais Deus operou. Quem é essa posteridade sobre os quais o Espírito Santo seria derramado? Os cristãos. Eu e você.
“e a minha bênção sobre a tua descendência”
Deus prometeu, com o avivamento, abençoar a descendência de Israel, os seus filhos. Significa que o avivamento trás benefícios em todas esferas da vida, proporcionando prosperidade espiritual e material aos filhos de Deus. O avivamento em Israel trouxe uma revolução completa do mundo antigo, o império romano nunca mais foi o mesmo depois da influência cristã; a história narra que a reforma Protestante e os avivamentos do século XVII e XVIII constituíram influência determinante para o poderio económico e político dos Estados Unidos da América. O avivamento de 25 de Julho influenciou não só as independência africanas, mas também é chamada hoje para impactar os desafios do presente, como a moralização da sociedade, o combate contra as desigualdades, a pobreza extrema, entre outros. Somos chamados a ser uma bênção para o mundo e dar provas concretas do agir de Deus, como instrumentos do seu amor e misericórdia.
Em momentos mais dramáticos da história, Deus prometeu intervir com poderosos avivamentos. No último século esta intervenção de Deus foi em África, com o derramamento do Espírito Santo. Somos chamados a testemunhar esta obra de Deus, através da nossa forma de viver, influenciando positivamente o meio ao nosso redor.
Com graça e paz,
𝑫𝒐𝒎 𝑮𝒆𝒓𝒂𝒍𝒅𝒐 𝑴𝒂𝒏𝒖𝒆𝒍