“E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites. Mas o que não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigado. E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.”
Lucas 12:47-48
As Igrejas enfrentam hoje uma profunda crise de mordomia. Há uma tendência de relaxamento dos servos de Deus na obra do Senhor, claro, sem desmerecer o grande esforço que alguns fazem em prol dos interesses do reino de Deus. É acentuado o cristianismo do “banco de trás”, a ideia de que basta frequentar os cultos e estar em “paz” com Deus. Não há um engano maior que esse!
No texto bíblico de referência, Jesus estabeleceu um princípio de mordomia muito importante: não neutralidade na sua obra e seremos cobrados por Deus na mesma medida em que tivermos recebido os seus talentos. E não devemos entender apenas como se tratasse de funções ou cargos exercidos na Igreja, mas como tudo aquilo que Deus graciosamente distribuiu a cada um: a vida, a saúde, o sustento, o conhecimento, o trabalho, a força, os bens materiais e outras coisas. Portanto, quem recebe alguma coisa de Deus, passa a ter responsabilidade em relação ao seu Reino e quem tiver mais, maior é a responsabilidade. E ninguém pode contestar a justiça dessa lei. Mas, quais são as consequências disso para a minha tua vida? Será que tens usado o que recebes de Deus de forma adequada? Tens alegrado a Deus com tua forma de agir em função das condições que Deus lhe concedeu?
Ao conhecermos a vontade de Deus e não agirmos em conformidade, nos remete numa condição de culpados pelo atraso da Sua obra e das insuficiências que ainda vigoram no seu projecto de salvação da humanidade. E isso é muito grave aos olhos de Deus. Por isso, o Senhor nos alerta que seremos julgados e condenados na medida do conhecimento que tivermos da sua vontade e das condições espirituais e materiais que ele nos concede.
Haverá prestação de contas; haverá um “frente a frente” com o dono da obra. Como será?
Com graça e paz
𝑫𝒐𝒎 𝑮𝒆𝒓𝒂𝒍𝒅𝒐 𝑴𝒂𝒏𝒖𝒆𝒍