“O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” Rm.12:9-10 (ARC)
Amadas irmãs e amados irmãos
O evangelho é permeado de muitas virtudes, porém, o amor é a mãe de todas. Neste capítulo de Romanos o Apóstolo Paulo faz uma série de recomendações aos seus irmãos para uma vida que reflicta os mais altos padrões de vida com Cristo, realçando a importância e centralizadade do amor entre irmãos. Acompanhe o quão profundo é este apelo de Paulo, molde e aperfeiçoe a sua forma de viver o cristianismo.
1. Que o amor seja não fingido.
Fingir significa, entre outras coisas, “ser dissimulado; aparentar o que não é”. Para o caso do amor se aplica naqueles casos em que o indivíduo demostra o que não sente, abraça o irmão mesmo tendo uma mágoa no coração, elogia mesmo sabendo que não é isso que sente, oferece ajuda para no fundo ou no futuro prejudicar o seu irmão. Não existe nada mais prejudicial para a jornada cristã e, sobretudo, para a construção de fortes relações de irmandade do que o amor fingido! Este tipo de “amor” é que facilita as traições, gerando decepções e subvertendo a confiança entre os irmãos, minando a paz e a unidade no seio dos cristãos. Por isso a bíblia nos admoesta a não enverendarmos por este caminho. Se não sente amor por alguém não finja, peça a Deus e comece a amar de facto.
2. Aborrecei o mal e apegai-vos ao Bem
O amor que Cristo nos chama a viver não é um sentimento sem critérios. O amor de Cristo é santo. Por isso ele amou e lidou com pecadores sem nunca favorecer o pecado. Sendo Deus santo e justo os seus filhos também agem em suas vidas com base na santidade e justiça em tudo. Aborrecem o mal e amam o bem. Se entridtecem com o que Deus condena e aprovam somente o que agrada o Senhor. Muitos aplicam mal o sentimento de amor, defendem o erro do filho ou do pai, as falhas dos compadre ou do primo, fazem tudo sem critério nenhum pelos seus entequeridos em nome do que presumem ser amor. O amor cristão é santo e submisso à palavra de Deus. É esse amor submisso à vontade de Deus que levou Abraão a aceitar entregar em sacrifício o seu próprio filho. Precisamos desenvolver um amor que aborrece o mal e folga com o que é bom, em absoluta submissão à vontade de Deus
3. Amar com amor fraternal
Somos chamados a nos amarmos como irmãos, não importa a origem, a cor da pele, o nível social, ou outro critério humano, somos todos irmãos em Cristo e devemos viver como tal. O amor de irmãos (fraternal) deve ser vivido no dia a dia ajudando-nos uns aos outros, nas nossas preocupações. Uma comunidade cristã deve exaltar e viver o amor entre irmãos. Do mesmo jeito que os viajantes ajudam-se mutuamente, sabendo que têm o mesmo destino, vivamos em amor, como irmãos e coerdeiros do reino de Deus.
4. Preferindo-vos em honra uns aos outros
Quão profunda é esta recomendação! Nosso mundo está voltado para o individualismo e exibicionismo, onde as pessoas buscam honras, fama, status, entre outras coisas semelhantes que alimentam o ego. Os homens buscam honras e lugares de destaques, alimentando o complexo de superioridade em relação aos outros, procuram a todo custo serem respeitados e tratados com distinção, tornando-se o centro das atenções.
Ao contrário disso, a bíblia nos chamada a nos humilharmos, a dar a honra aos outros, priorizar os privilégios e benefícios para os irmãos. A relação entre as Passoas da Santa Trindade nos dá uma referência perfeita deste maravilhoso modelo de como lidar com os pares. O Pai exalta o Filho, Filho dá honra ao Pai, o Filho defende o Espírito Santo e o Espírito Santo trabalha para glorificação do Pai e do Filho. É assim que somos chamados a nos relacionar, considerando sempre os outros superiores a nós e nos disponibilizarmos para servir e honrá-los.
A vida cristã não é possível sem o amor (não fingido). Mas esse amor entre irmãos deve ser profundo e demostrado no dia a dia, santo e alinhado com a justiça de Deus (aborrecendo o mal e alegrando-se com o bem) e considerando os outros superiores a nós mesmo, em honra.
Com amor, graça e paz,
𝑫𝒐𝒎 𝑮𝒆𝒓𝒂𝒍𝒅𝒐 𝑴𝒂𝒏𝒖𝒆𝒍